quarta-feira, setembro 03, 2008

Atropela que é feia

Tem um amigo meu que é uma figura. Aliás, abrindo um parênteses, Deus gosta de mim, pois só me deu amigos figuras. Pelos nomes já dá pra ter uma noção: Donono (não é italiano, é que o sujeito mora no 9º andar), Bob, Cara-de-Mau, Chokito, Lívia Graúda, Paulinha mão-de-Playmobil e por aí vai… mas vou voltar a meu amigo protagonista deste post. O nome dele é Campelo. Alguém um pouco mais chegado a trocadilhos e que talvez já tenha vislumbrado suas vergonhas, o apelidou de “com pêlo”.

Publiciotário como eu, um excelente diretor de arte, talvez um dos 1.500 melhores de Salvador. O fato é que um dia, numa roda de amigos, conversando sobre os maiores foras de que a gente já tinha ouvido falar, eis que ele nos conta o que, na minha opinião, é o melhor. E mais: assim como neste post, ele era o personagem principal. Eu vou contar pra vocês, mas não contem a ele que fui eu que contei.
Ele tinha acabado de mudar de agência. Os novos colegas de trabalho, dando as boas-vindas, o chamaram para almoçar. Entraram 4 criativos no carro. Nosso amigo foi no carona, ao lado do motorista. Movido pela alegria da situação e perturbado por natureza, Campelo ia gritando coisas pela janela do carro. Como, por exemplo, ao passar por um ponto de ônibus cheio de trabalhadores, expressava-se:
- Olha o ooooooooooovo!
E que ninguém o julgue. Quem nunca fez ou teve vontade de fazer isso? (de gritar, não de jogar o ovo).
E assim foram. A cada oportunidade, uma nova manifestação de Campelo e novas gargalhadas dos passageiros. De repente, há uns 50 metros, uma mulher não muito favorecida fisicamente atravessa a faixa de pedestres. Sem pensar duas vezes, o efusivo rapaz colocou meio corpo pra fora do carro e soltou um grito alucinante:
- Atropela que é feeeeeeeeeeeeeeeeiaaaaaaaaaaaaaaaa!

O grito parecia não acabar mais, foi sem dúvida o mais empolgado do dia. E, para sua surpresa, o carro foi reduzindo a velocidade, reduzindo, reduzindo, reduzindo… até que o carro parou ao lado da mulher, ele ainda com metade do corpo para fora da janela. Sério, sem olhar para Campelo, disse o motorista:

- Você pode passar para o banco de trás para minha namorada entrar?

E seguiram os cinco. O som da alegria substituído por um silêncio fúnebre. No máximo, alguns risos quase mudos vindos dos dois amigos ao lado de Campelo.

8 comentários:

Anónimo disse...

Só podia ser "Com Pêlo".
Como diria Eduardo Peixe, um antigo amor dele na SLA: Esse Campelinho...

Campelo é uma figura mesmo.
Que gafe, hein tio.
Abraço, Pedrinho

Anónimo disse...

Pedro, aqui é Larissa namorada de Leandro... ele me mostrou o seu blog. Tá muuuuuuito bom, continue escrevendo, ri horrores! Bjão

Mariana Magalhães disse...

"Meu tio",
Daninha me mostrou o seu blog!! Estamos, eu e minha mãe, morrendo de rir com seus "casos e acasos" e foras descomunais!!
Palavras da minha mãe: Quando quiser rir vou entrar no blog de Pedro!!

Ou seja: favor manter seus foras em dia!!

Parabéns pelo blog! Bjão

Anónimo disse...

Bora bonitão, vamo atualizar aí.

ABraçooo!

Dedinhos Nervosos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dedinhos Nervosos disse...

ahahahahahahh
Tô me acabando de tanto rir aqui.
Eu nem vou dizer que morreria no lugar dele que já dei furos tão ruins quanto esse. Ruins mesmo... (se quiser conferir, procure A Rainha dos Foras)

A pergunta é: ele continua trabalhando na tal agência ainda? rs

Bjos!

Anónimo disse...

CUPELO, DISGRAÇA!!!!
Essa eu vou espalhar pra galera da ...!!! Huáááá!!!

Ricardo Campelo disse...

Eu queria dizer uma coisa: eu nunca gritei pra ninguém "olha o ooooooooooovo!", nem coisa parecida, pra ninguém.

Campelo.