quarta-feira, setembro 03, 2008

Ribeira do Pombal X ginastas brasileiras

Pior de tudo… lembrei que eu também já fui protagonista de um fora Top Ten. Aliás, tenho dado foras com tanta freqüência que eu devia andar com uma pá pra facilitar cavar um buraco e me enterrar. Outro dia, andando na praia de Mar Grande, encontrei um vizinho, um cara mais velho, que só vejo de verão em verão. Vínhamos andando, um em direção ao outro. Quando nos aproximamos, falei com entusiasmo:

- Armando! Tudo bem?

Ele respondeu:

- Tudo ótimo. Mas meu nome é Tom Zé.

É, Armando e Tom Zé não são lá nomes muito parecidos.

Mas na verdade não era esse fora que eu ia contar, pois esse é um fora comum, padrão. Como dizem que problema e mulher só prestam grandes, o que eu vou contar é uma série de foras.
O fato é que eu estava na casa de um grande amigo meu, Limão. Ele e Mimi, sua noiva, haviam chamado eu e Letícia (minha namorada na época) pra tomar um vinho. Chegamos lá e fomos apresentados à irmã de Mimi, o namorado dela e uma prima das duas. No início, eu estava meio monossilábico, afinal não tinha intimidade com o pessoal. Depois da terceira taça eu fiquei tagarela e cheio de razão. Então aconteceu o primeiro fora da série. Na verdade, uma trilogia.
Comecei contando um caso. Todo mundo riu e alguém perguntou:

- Onde foi que isso aconteceu?

Eu disse:

- Ah, num interior bem brabo aí, no meio do nada, Ribeira do Pombal…

O cunhado de Mimi:

- Eu sou de lá.

A Bahia tem 417 cidades e eu acertei justamente a do cara. Dei duas gaguejadas e, pra rebater o embaraço, habilmente mudei de assunto. Olimpíadas chegando e eu soltei:

- Vocês já repararam como as ginastas brasileiras não têm o mínimo controle emocional? E digo mais, também não sabem aterrissar. Podem reparar: quando não caem de bunda, dão dez passos pra frente ou cinco pra trás, catam ficha e ainda têm a cara-de-pau de levantar os dois braços pra cima como se nada de errado tivesse acontecido.

Percebi que todos concordavam com uma cara meio sem graça. Até que a prima de Mimi, demonstrando bastante controle emocional, respondeu:

- Eu sou ginasta. Sou da equipe pernambucana de ginástica olímpica.

Foi meu último comentário da noite.
No dia seguinte, liguei pra Mimi agradecendo a hospitalidade de sempre e, querendo ser simpático com o cunhado de Ribeira do Pombal, falei:

- Manda um abraço pra Marcos.

Ela respondeu meio sem jeito:

- Ah, claro, mando sim, pode deixar…

Passado algum tempo, descobri que o nome do cara não era Marcos. Era Gustavo. Por uma trágica coincidência, Marcos era o nome do ex-namorado da irmã, um rival e provável desafeto do sertanejo Gustavo.

1 comentário:

Anónimo disse...

HJ teclei com Pedro!E observei seu blog, quando comecei a ler, percebi o titulo Ribeira do Pombal.Achei interessante e o li. Quand terminei voltei a teclar com Pedro e te contei q eu trabalho em Ribeira do Pombal. Ele me disse : - MAIS UM FORA !!!